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Original para a Internet

Podemos nos libertar das distrações

DO Arauto da Ciência Cristã. Publicado on-line – 13 de maio de 2024


Alguém já tentou lhe falar enquanto você estava ocupado fazendo alguma coisa, e sua resposta foi: “Tudo bem, posso fazer várias coisas ao mesmo tempo”? Você realmente conseguiu ouvir, ou acabou se distraindo com o outro assunto?

Ou, talvez enquanto assiste a um programa de TV ou navega pelas mídias sociais, de repente você percebe que, sem querer, acabou gastando nessa atividade muito mais tempo do que pretendia.

Até mesmo a prática de um hobby ​​agradável pode ser algo traiçoeiro. O tempo que passamos cuidando das plantas, lendo um livro ou jogando videogame pode ser uma boa pausa em nossos afazeres. Porém, quando as horas passam desapercebidas e nós exageramos no tempo dedicado ao lazer, acabamos nos desviando do que deve ser feito naquele dia, particularmente ouvir os pensamentos e a orientação de Deus. 

Um dos significados de distrair, no Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa, é “separar”. Portanto, podemos considerar a distração como algo que nos separaria de Deus ou de nossa verdadeira natureza espiritual. 

Distrair também pode significar confundir. Às vezes, sinto-me sobrecarregado e enredado em tarefas corriqueiras que tomam muito tempo; ou absorto na desarmonia, doença ou dor que ocupam meu pensamento; também acontece de eu ficar remoendo mentalmente uma decisão que tomei. E, às vezes, essa distração fica martelando em minha cabeça o dia todo, e até noite adentro.

Como podemos refutar as distrações? O oposto de distrair é atrair, “fazer aproximar-se” (Dicionário Houaiss). Aprendi na Ciência Cristã que a única atração verdadeira é Deus. E o livro-texto da Ciência Cristã, Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras, de Mary Baker Eddy, define Deus, em parte, como a Vida, a Verdade, o Amor, o Princípio, a Alma, o Espírito e a Mente. O livro também afirma: “Há uma só atração real, a do Espírito. O apontar da agulha magnética para o polo simboliza esse poder que abrange tudo, ou seja, a atração de Deus, a Mente divina” (p. 102). A agulha da bússola não oferece resistência ao ser atraída para o polo. Assim como a agulha, nossos pensamentos são naturalmente atraídos para Deus.

Escolher quais pensamentos queremos acatar ou cultivar nos ajuda a dedicar nosso tempo à atração (para Deus) e não às distrações. A Sra. Eddy também escreve: “Amados Cientistas Cristãos, conservai vossa mente tão repleta da Verdade e do Amor, que o pecado, a doença e a morte nela não possam entrar. É evidente que nada se pode acrescentar à mente que já está cheia. Não há porta pela qual o mal possa entrar, nem espaço que o mal possa ocupar na mente que já está preenchida pelo bem” (The First Church of Christ, Scientist, and Miscellany [A Primeira Igreja de Cristo, Cientista, e Outros Textos], p. 210). Quanto mais preenchermos nossa mente com pensamentos espirituais, menos espaço haverá para a intromissão de pensamentos materialistas. 

Às vezes, quando estamos concentrados em uma atividade importante e necessária, como nosso estudo espiritual, pode ser que o pensamento se volte para assuntos que nos preocupam ou compromissos que devemos cumprir. Ou talvez sejamos tentados a assistir a um vídeo na Internet ou “apenas limpar a cozinha”, antes de nos volvermos a Deus em silenciosa comunhão. No entanto, podemos deliberadamente optar por dedicar mais tempo às atividades espirituais, como ponderar sobre versículos da Bíblia ou hinos, reconhecer ou anotar os atributos espirituais que Deus expressa em nós, ou orar pelo mundo. Usar o tempo dessa forma é um passo positivo, apoiado na oração. E essa postura ajuda a libertar nosso pensamento do aparente controle da materialidade.

Ciência e Saúde diz: “Cada passo em direção ao bem é um afastar-se da materialidade e é uma tendência em direção a Deus, o Espírito. As teorias materiais paralisam em parte essa atração rumo ao bem infinito e eterno, mediante uma atração oposta, rumo ao finito, temporário e desarmonioso” (p. 213).

As distrações interferem em nosso pensamento espiritual. O pensamento que tem base na matéria, porém, deixa de ter poder quando nos lembramos do amor de Deus, das curas que tivemos, das qualidades espirituais que Deus nos dá, da paz que nos foi prometida por Cristo Jesus, e daquilo que alcançamos quando firmamos nosso pensamento em Deus. Podemos encontrar paz quando nos empenhamos em ver em nós qualidades divinas como a força espiritual, a perseverança e a capacidade de realização. Isso nos ajuda a manter o foco e fazer o bem de que o mundo necessita.

Estou mais atento, agora, para identificar as distrações assim que surgem. Como tenho lidado com elas? Tenho de admitir que aparentemente nunca me afasto de meu celular. Pode ser tentador olhar para o aparelho com mais frequência do que o necessário, apenas para ver se chegou alguma mensagem. Eu nunca havia pensado muito nisso, até que um dia deixei o celular em casa quando fui à reunião de testemunhos na filial da Igreja de Cristo, Cientista, que frequento.

Ao entrar na igreja, percebi que estava sem o celular — de início, fiquei preocupado por tê-lo deixado, mas, de repente, eu me senti muito livre. Percebi que não precisava saber as horas e que não tinha nenhum motivo legítimo para estar disponível para atender uma possível ligação durante a reunião. O telefone era uma distração e fiquei feliz por não tê-lo comigo. A partir dessa ocasião, resolvi deixá-lo desligado ou no carro, quando não houvesse nenhuma necessidade urgente de tê-lo comigo, e constatei que passei a prestar mais atenção à reunião de testemunhos. Da mesma forma, podemos avaliar se outros pensamentos ou atividades com base na matéria estão interferindo em nosso progresso espiritual, e descobrir como podemos nos libertar deles.

É imensa a liberdade de saber que a suprema atração é a de Deus. Encontramos paz duradoura quando nos empenhamos em desenvolver uma compreensão espiritual de acordo com nossa natureza mais elevada. Essa natureza mais elevada é nossa verdadeira natureza — semelhante a Deus, pura, perfeita e eterna — e livre de distrações.

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